Diabetes: açúcar não é único ingrediente que exige moderação

Consumo de gordura saturada também contribui para o surgimento e descontrole da doença

Um bife com ovo, uma moqueca com azeite de dendê. Uma tábua de queijos ou um simples pãozinho com manteiga. Refeições com gorduras saturadas, encontradas em grande parte das mesas brasileiras, podem contribuir para o aparecimento de uma das doenças mais perigosas para a saúde: o diabetes tipo 2.

O diabetes é uma incapacidade metabólica que faz com que o hormônio insulina, produzido no pâncreas, não cumpra seu papel de processar a glicose consumida, deixando o açúcar acumulado no sangue.

Isso promove, em médio e longo prazos, problemas circulatórios: um portal para riscos cardiovasculares, como o infarto ou o AVC, popularmente conhecido como derrame.

São dois tipos de diabetes: o tipo 1 é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico não reconhece as células-beta, que ajudam a produção de insulina no pâncreas, e as destrói. Esta modalidade costuma aparecer na infância ou adolescência.

Já o tipo 2, responsável por 90% dos casos, tem mais probabilidade de surgir na fase adulta e, assim como a maioria das cardiopatias, tende a derivar de uma alimentação desregrada, obesidade e sedentarismo.

O Brasil é o sexto país em incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pessoas convivendo com a doença.

Diabetes à la carte

Temos, no cenário das pesquisas científicas na área, um grande número de trabalhos sobre alimentos vilões no desenvolvimento do diabetes tipo 2 e, apesar de os resultados não serem conclusivos, existe uma indicação clara sobre as gorduras saturadas serem co-responsáveis pelo problema.

Esses estudos comprovaram que a ingestão de gorduras saturadas se associou à tendência de ter diabetes, tanto em pré-diabéticos como em não diabéticos.

Porém, afirmar que nenhum desses alimentos pode participar de nossas refeições é uma condição difícil de cumprir.

É preciso evitar o que sabidamente faz mal ao corpo, como as gorduras e industrializados, e criar rotinas alimentares que incluam frutas, legumes e verduras.

Fonte: Saúde Abril