Ele já foi renegado por causa do colesterol, mas hoje assistimos sua redenção. O ovo oferta proteína de qualidade e outros nutrientes cruciais à memória
Não tem jeito. Se o assunto é colesterol, lá está ele, no centro das atenções. Nem é à toa, afinal o ovo se destaca no ranking dos alimentos que oferecem a substância. Foi justamente a enorme quantidade, encontrada na gema, que o botou no banco dos réus, nos idos de 1970, quando a ciência apontava essa gordura como uma das maiores culpadas por males do coração.
Passadas décadas, assistimos à sua redenção, graças a uma coleção de estudos que o livrou da pecha de inimigo das artérias. Justiça feita, ele vive dias de glória, sobretudo entre a turma que pega pesado nas academias e, diga-se, é tão fã que acaba extrapolando no consumo.
Clara e gema nutritivas
Voltando ao plano terrestre, o ovo tem sido enaltecido pelo conjunto de nutrientes. Sua gema oferece luteína e zeaxantina, uma dupla de pigmentos da família dos carotenoides que trabalha em prol da saúde dos olhos.
Também está repleta de colina, uma das integrantes do complexo B cada vez mais famosa por auxiliar na consolidação da memória. Trata-se de uma vitamina essencial para a síntese do neurotransmissor acetilcolina, um regulador do aprendizado no córtex cerebral.
Modelos experimentais indicam que a deficiência de colina pode afetar a atividade mitocondrial das células no cérebro, num desarranjo que repercute negativamente na cognição.
O alimento é ainda uma das melhores fontes proteicas e ajuda a manter os músculos fortes, bem como a integridade dos tecidos. Um dos destaques, nesse sentido, atende pelo nome de albumina, a eleita pelos malhadores.
Em todas as culinárias
Seja omelete, estalado, mexido, cozido, na panqueca, o ovo é dos ingredientes mais práticos e acessíveis e nessas versões nem é preciso muito traquejo culinário, não há segredo.
Fonte: Saúde Abril