Adoçantes: novas dúvidas à mesa

No curto prazo, estudos garantem que eles são seguros. Mas novos documentos da OMS questionam suas repercussões lá na frente, entenda

Refrigerante, iogurte, barrinha de proteína, geleia ou qualquer outro produto industrializado de sabor doce que você possa imaginar: com certeza existe uma versão zero açúcar deles no mercado.

De acordo com uma pesquisa da consultoria Kantar, a busca por comida saudável cresceu entre consumidores brasileiros desde a pandemia, e 70% priorizam alimentos com menor teor de açúcar.

Atitude positiva: o consumo exagerado desse ingrediente — seja na receita dos processados, seja nas colheradas no suco ou no café — está diretamente ligado ao maior risco de obesidade,diabetes e outras doenças crônicas.

A alternativa óbvia para agradar o paladar sem incorrer nos perigos do excesso açucarado reside nos adoçantes.

Mas essa substituição se complicou após recentes posicionamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS): eles questionam o papel da classe na perda de peso e sua devida segurança para a saúde no longo prazo.

Entendendo a diretriz da OMS — e seus estudos

No documento da Organização Mundial da Saúde, é preciso constatar que ele é claro ao afirmar que não se baseia em avaliações toxicológicas da segurança dos adoçantes, ou seja, os limites seguros de consumo, aqueles que não oferecem riscos à saúde, seguem os mesmos.

Por fim, a OMS também atesta que é uma recomendação de caráter condicional, ou seja, segue quem quiser e achar relevante.

Com tantos poréns, já deu para perceber que a diretriz não se traduz pela mensagem de que “adoçantes são perigosos”.

Aspartame: a dúvida da vez

A verdade é que essa não foi a primeira nem será a última questão envolvendo adoçantes.

Moderação e bom senso é a chave

“A OMS fez um convite à reflexão, defendendo a necessidade de estudar mais os efeitos dos adoçantes no longo prazo. E foi uma sacudida e tanto diante de uma verdade: o crescimento do excesso de peso, um problema que não vem diminuindo com o consumo de adoçantes”.

De uma coisa se pode ter certeza: a história não se encerra aí.

Fonte: Saúde Abril