Método não só mudou um campo da medicina como teve repercussões sociais e alterou a forma de encarar a maternidade e à paternidade
Ao longo dos séculos, a medicina tem sido responsável por descobertas e avanços que mudaram radicalmente a forma de viver e realizar nossos sonhos.
Entre essas conquistas notáveis, está a fertilização in vitro (FIV), que completa 45 anos desde o nascimento do primeiro bebê com a técnica, na Inglaterra, em 25 de julho de 1978.
A FIV revolucionou não só a área da reprodução humana como também a sociedade e a cultura, abrindo novas possibilidades a quem não podia ter filhos.
Aproximadamente 8 milhões de pessoas no mundo nasceram por meio desse método, sendo que, de outra forma, não poderiam ter nascido.
A fertilização in vitro consiste na fecundação do óvulo pelo espermatozoide em laboratório, para posterior implantação do embrião no útero da mulher.
Desde o seu desenvolvimento, a técnica permite que casais com dificuldades de concepção tenham a oportunidade de realizar o sonho de ter um filho biológico.
Quanto às mudanças sociais, antes de seu advento, muitos casais enfrentaram o desafio de lidar com a infertilidade, o que tantas vezes levou a um grande sofrimento emocional.
Anteriormente, a infertilidade era frequentemente associada a um sentimento de inadequação ou fracasso.
A FIV trouxe esperança e possibilitou superar essa dificuldade, fortalecendo os laços familiares e promovendo o amor e a união. Uma das principais mudanças foi a equidade na parentalidade, o que ajudou a eliminar noções preconceituosas.
Além disso, a tecnologia estimulou transformações culturais.
Permitiu que casais do mesmo sexo, pessoas solteiras, mulheres com mais idade e indivíduos com problemas genéticos hereditários concebessem e desfrutassem da experiência maravilhosa de criar uma família.
Isso mudou a forma como a sociedade encara a maternidade e a paternidade, ampliando as possibilidades de formação de famílias e desafiando as concepções tradicionais.
Fonte: Saúde Abril