Fertilidade deve ser assunto debatido e incentivado nas empresas

É urgente que a decisão de aumentar a família, inclusive por meio de tratamentos, se torne compatível com a carreira

Primeiro, vamos aos dados: uma em cada seis pessoas no mundo é infértil, segundo o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema.

Uma das hipóteses que explica o crescimento da infertilidade nos últimos anos é o fato de os casais adiarem a gravidez por conta da carreira – muitos querem se firmar profissional e financeiramente antes de aumentar a família.

Mas, principalmente no caso das mulheres, a idade acaba interferindo na capacidade de engravidar. E o que isso tem a ver com o mercado de trabalho?

Ora, as empresas precisam ter empatia e discutir mais esse assunto, propondo estratégias para preservação ou tratamento da fertilidade.

Hoje, as mulheres estão em vários postos de liderança dentro das companhias, com avanços consideráveis e justos no mercado de trabalho, mas que podem produzir esse efeito colateral de adiar a maternidade.

A verdade é que o ambiente profissional deve evoluir muito para fazer desse tema algo menos ameaçador – em nosso país, muitas mulheres não têm nem a segurança de permanecer nos seus empregos quando anunciam gravidez.

A verdade é que a dificuldade de engravidar e os tratamentos voltados a resolvê-la levam muitos casais à exaustão emocional.

As empresas que olham para essas questões e proporcionam apoio aos funcionários que desejam virar pais podem ter a certeza de que estão na vanguarda de um movimento essencial.

Fonte: Saúde Abril